Os temas mais versejados no Fado são o Amor e a Saudade, em que um mesmo tema se multiplica por versões diferentes assentes na mesma base melódica e/ou letra, estilados conforme o intérprete.

O Fado, nomeadamente o fado mais vernáculo, vogou sobretudo a partir dos bairros de Lisboa.

Influenciado por reminiscências de cantorias em bailaricos, romarias, retiros, tabernas e convívios entre moradores, os tocadores e cantadores foram apurando os traços diferenciadores e arreigados do fado, que espelham as vivências de cada bairro.

Tradicionalmente, os fadistas envergam vestes em negro, mas também cores vistosas e lantejoulas, os xailes que acentuam o dramatismo da interpretação, o fato afiambrado, as poses emproadas e os gestos miudinhos, mas expressivos.

Na primeira fase de existência do Timpanas, à luz das candeias de azeite, escutaram-se respeitosamente, além da Família Duarte, as gerações Marceneiro, com o Ti Alfredo à cabeça, outras vozes e guitarristas notáveis: D. Maria Teresa de Noronha, acompanhada pelo Dr. Menano, Francisco Maia Stoffel, Teresa Tarouca, Maria do Rosário Bettencourt, Mariana Silva, Júlio Proença, José Pracana e João Ferreira Rosa, entre outros.

O Timpanas inscreve-se num dos bairros mais carismáticos, onde chegou registar-se o maior número de espaços onde se cantava fado, mercê da profusão de gentes que o fizeram expandir a partir dos finais do século XIX e no alvor do século XX, sobretudo ligadas às actividades piscatórias e fabris.

– Fadistas: Isabel Pinheiro, Ana Marta, Hélder Santos (além de convidados semanais)

– Instrumentistas: Armando Figueiredo (viola), Hugo Edgar (guitarra portuguesa)